quinta-feira, 28 de abril de 2011
CÂNCER DE BOCA
O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra.
Fatores de Risco Os fatores que podem levar ao câncer de boca são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas.
Sintomas O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.
Prevenção e Diagnóstico Precoce Pessoas com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.
Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.
Exame Clínico da Boca O exame rotineiro da boca feito por um profissional de saúde pode diagnosticar lesões no início, antes de se transformarem em câncer. Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem devem estar mais atentas e ter sua boca examinada por profissional de saúde (dentista ou médico) pelo menos uma vez ao ano.Tratamento A cirurgia e/ou a radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos).
As lesões iniciais são aquelas restritas ao seu local de origem e que não apresentam disseminação para gânglios linfáticos do pescoço ou para órgãos à distância. Mesmo lesões iniciais da cavidade oral, principalmente aquelas localizadas na língua e/ou assoalho de boca, podem apresentar disseminação subclínica para os gânglios linfáticos cervicais em 10% a 20% dos casos. Portanto, nestes casos, pode ser indicado o tratamento cirúrgico ou radioterápico eletivo do pescoço.
Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, independentemente da radioterapia. Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos 'gânglios'), é indicado o esvaziamento cervical do lado comprometido. Nestes casos, o prognóstico é afetado negativamente.
A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, que permitiu largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, ainda são grandes e o prognóstico dos casos, intermediário. A quimioterapia associada à radioterapia é empregada nos casos mais avançados, quando a cirurgia não é possível. O prognóstico, nestes casos, é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de se controlar totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.
Exame Clínico da Boca O exame rotineiro da boca feito por um profissional de saúde pode diagnosticar lesões no início, antes de se transformarem em câncer. Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem devem estar mais atentas e ter sua boca examinada por profissional de saúde (dentista ou médico) pelo menos uma vez ao ano.Tratamento A cirurgia e/ou a radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos).
As lesões iniciais são aquelas restritas ao seu local de origem e que não apresentam disseminação para gânglios linfáticos do pescoço ou para órgãos à distância. Mesmo lesões iniciais da cavidade oral, principalmente aquelas localizadas na língua e/ou assoalho de boca, podem apresentar disseminação subclínica para os gânglios linfáticos cervicais em 10% a 20% dos casos. Portanto, nestes casos, pode ser indicado o tratamento cirúrgico ou radioterápico eletivo do pescoço.
Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, independentemente da radioterapia. Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos 'gânglios'), é indicado o esvaziamento cervical do lado comprometido. Nestes casos, o prognóstico é afetado negativamente.
A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, que permitiu largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, ainda são grandes e o prognóstico dos casos, intermediário. A quimioterapia associada à radioterapia é empregada nos casos mais avançados, quando a cirurgia não é possível. O prognóstico, nestes casos, é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de se controlar totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.
Hoje é Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho
Em 28 de Abril de cada ano é celebrado o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, instituído pela Organização Mundial do Trabalho (OIT), em homenagem ao grave acidente ocorrido nesta data, em 1969, numa mina dos EUA, onde morreram dezenas de trabalhadores.
A primeira cerimónia teve lugar em 1996, em Nova Iorque, na Organização das Nações Unidas, e, em 2001, a data foi reconhecida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e passou a ser celebrada oficialmente em muitos países.
Apesar de todas estas celebrações, a luta contra a sinistralidade laboral está longe de ser uma realidade. As estatísticas continuam a mostrar um balanço triste e, o mais grave é que, para alguns, a prevenção laboral não passa disso: balanços, informações, estatísticas.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em todo o mundo ocorrem 270 milhões de acidentes de trabalho e são registadas mais de 160 milhões de doenças profissionais a cada ano.
Esses acidentes e doenças profissionais causam, anualmente, mais de 2,2 milhões de mortes e provocam uma redução de 4% no PIB (Produto Interno Bruto) mundial.
Atualmente, os destaques estão no setor de construção civil, um dos maiores geradores de emprego em muitas partes do mundo e também responsável por altos índices de acidentes e doenças relacionados ao trabalho.
Entre os grupos, estão os trabalhadores jovens (15 a 24 anos), que sofrem por sua inexperiência, e os idosos (com mais de 55), mais propensos a acidentes fatais no trabalho.
Ainda de acordo com o relatório preparado pela OIT por ocasião da data, cerca de 17 % de todos os acidentes fatais no local de trabalho ocorrem na indústria e na construção.
Isso representa 60 mil mortes por ano, ou uma morte a cada 10 minutos.
O relatório da OIT reforça a necessidade de melhor planeamento e coordenação para lidar com as questões de saúde e segurança nos locais de construção, assim como um maior foco na prevenção de doenças e acidentes relacionados ao trabalho.
O estudo da OIT aponta que os trabalhadores jovens sofrem mais acidentes sérios, porém não-fatais, e esse maior risco pode ser relacionado com a falta de experiência e treinamento, assim como pela pouca maturidade física e emocional.
Assim, educação para o trabalho e treinamento são elementos-chave nos programas de prevenção para este grupo.
No outro extremo da escala etária, trabalhadores com mais de 55 anos parecem estar mais susceptíveis a sofrerem doenças ocupacionais fatais, se comparados aos demais colegas.
Fonte: Agencia AngolaPress
No Brasil, o número de acidentes chega a 1,3 milhões, resultando em, aproximadamente, 2,5 mil mortes por ano. Segundo a OIT, o Brasil ocupa hoje, o quarto lugar em número de acidentes no mundo, atrás da China, EUA e Rússia. Os acidentes com mortes no país cresceram nas décadas de 70, 80 e 90, quando se iniciou uma diminuição. Tal fato se deve ao grande número de profissionais de Segurança do Trabalho (engenheiros e técnicos mais especificamente) que fomentaram o mercado e as técnicas de segurança visando a neutralização e/ou eliminação dos riscos laborais.
Todavia, os dados voltaram a subir a partir de 2007. O rápido crescimento na economia brasileira, bem como o "desmonte" do Ministério do Trabalho e Emprego da área de Saúde e Segurança do Trabalho, tirou o foco da fiscalização na proteção dos trabalhadores e centralizou a avaliação no FGTS e registro em carteira de trabalho nas empresas. Com isso, o Governo Federal deixou de priorizar a saúde dos trabalhadores nos últimos anos, aumentando os índices, principalmente, nas áreas de Transporte, Armazenamento, Construção Civil e Comércio.
Por outro lado, o governo instituiu um novo tipo de fiscalização que visa combater a sonegação (subnotificação) de acidentes. Com a introdução do Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), os benefícios que antes eram registrados como não acidentários passaram a ser identificados como tais. As informações têm correlação entre as causas do afastamento e o setor de atividade do trabalhador segurado, independentemente do empregador emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Os números antes registrados eram incompletos. Os trabalhadores eram afastados por lesões ou doenças comuns não ligadas ao seu serviço. Apenas para ilustrar os "furos" dos dados brasileiros mais antigos, de 2006 para 2007, cresceu em 140 mil os casos de acidentes de trabalhadores que não tinham CAT. Além deste novo modelo, a implantação do Fator Acidentário Previdenciário (FAP) vem contribuindo para a adequação das empresas à integridade física e saúde dos trabalhadores.
O Sistema Confea/Crea vem contribuindo para reduzir as estatísticas de acidentes de trabalho por meio de ações de fiscalização nos ambientes laborais diversos, solicitando programas como: Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA); Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT); Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional na Construção Civil (PCMSO) entre outros. As avaliações são feitas por Engenheiros de Segurança do Trabalho, informando aos empresários quais as medidas necessárias para reduzir, neutralizar ou eliminar os riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos. Convênios entre órgãos governamentais e o Crea-SC poderão ajudar a mudar a realidade do nosso Estado, que já é destaque na proteção dos trabalhadores em geral.
Todavia, os dados voltaram a subir a partir de 2007. O rápido crescimento na economia brasileira, bem como o "desmonte" do Ministério do Trabalho e Emprego da área de Saúde e Segurança do Trabalho, tirou o foco da fiscalização na proteção dos trabalhadores e centralizou a avaliação no FGTS e registro em carteira de trabalho nas empresas. Com isso, o Governo Federal deixou de priorizar a saúde dos trabalhadores nos últimos anos, aumentando os índices, principalmente, nas áreas de Transporte, Armazenamento, Construção Civil e Comércio.
Por outro lado, o governo instituiu um novo tipo de fiscalização que visa combater a sonegação (subnotificação) de acidentes. Com a introdução do Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), os benefícios que antes eram registrados como não acidentários passaram a ser identificados como tais. As informações têm correlação entre as causas do afastamento e o setor de atividade do trabalhador segurado, independentemente do empregador emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Os números antes registrados eram incompletos. Os trabalhadores eram afastados por lesões ou doenças comuns não ligadas ao seu serviço. Apenas para ilustrar os "furos" dos dados brasileiros mais antigos, de 2006 para 2007, cresceu em 140 mil os casos de acidentes de trabalhadores que não tinham CAT. Além deste novo modelo, a implantação do Fator Acidentário Previdenciário (FAP) vem contribuindo para a adequação das empresas à integridade física e saúde dos trabalhadores.
O Sistema Confea/Crea vem contribuindo para reduzir as estatísticas de acidentes de trabalho por meio de ações de fiscalização nos ambientes laborais diversos, solicitando programas como: Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA); Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT); Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional na Construção Civil (PCMSO) entre outros. As avaliações são feitas por Engenheiros de Segurança do Trabalho, informando aos empresários quais as medidas necessárias para reduzir, neutralizar ou eliminar os riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos. Convênios entre órgãos governamentais e o Crea-SC poderão ajudar a mudar a realidade do nosso Estado, que já é destaque na proteção dos trabalhadores em geral.
Fonte: Nelton Luiz Baú Coordenador da Câmara de Eng. Seg. Trab. do CREA-SC
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Sintomas da AIDS
Os sintomas da AIDS podem aparecer de maneiras variadas, se manifestando de forma diferente nos portados do vírus HIV. Mas, inicialmente, os sintomas apresentam características semelhantes, como febre persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, manchas na pele, gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito tempo para desaparecer.
Pesquisas revelam que os sintomas da AIDS demoram, em média, de 8 a 10 anos para aparecer. Como eles são semelhantes aos de outras doenças, é preciso uma investigação mais aprofundada para confirmar de fato se a pessoa está infectada pelo vírus HIV. Para isto, em caso de suspeita, basta fazer o exame específico identificar o HIV positivo.
Há também quem classifique os sintomas da AIDS em estágios.
Estágio 1: de semanas a 6 meses
A pessoa está sadia e normalmente o resultado do teste de HIV dá negativo. Nesse período, conhecimento como Janela Imunológica, o portador do vírus HIV já transmite o vírus para outras pessoas.
Estágio 1: de semanas a 6 meses
A pessoa está sadia e normalmente o resultado do teste de HIV dá negativo. Nesse período, conhecimento como Janela Imunológica, o portador do vírus HIV já transmite o vírus para outras pessoas.
Estágio 2: Entre um ano e 5 anos (ou mais)
O portador do vírus HIV tem aparência saudável, mas os exames já dão positivo.
O portador do vírus HIV tem aparência saudável, mas os exames já dão positivo.
Estágio 3: Pode aparecer em meses ou anos
Os sintomas característicos da AIDS já começam a aparecer.
Os sintomas característicos da AIDS já começam a aparecer.
Estágio 4: Pode ocorrer no período de meses ou anos
Com o sistema imunológico baixo, a pessoa soropositiva se torna um alvo fácil para as doenças oportunistas, como câncer, diversos tipos de infecções e problemas no cérebro, que podem levar à morte. É neste estágio que se costuma a dizer que a pessoa tem AIDS.
Com o sistema imunológico baixo, a pessoa soropositiva se torna um alvo fácil para as doenças oportunistas, como câncer, diversos tipos de infecções e problemas no cérebro, que podem levar à morte. É neste estágio que se costuma a dizer que a pessoa tem AIDS.
Transmissão do Virus HIV
A transmissão do vírus HIV pode ocorrer das seguintes maneiras:
- Através do contato sexual sem preservativo;
- Transfusão de sangue contaminado;
- Da mãe para o bebê durante a gravidez ou na amamentação (transmissão vertical);
- Reutilização de seringas e agulhas;
- Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.
Como ainda não há vacina ou tratamento que cure definitivamente a AIDS, é importante que todas as pessoas tenham atitudes preventivas para se evitar a doença.
É importante lembrar que uma pessoa infectada pelo vírus HIV ou que já desenvolveu a AIDS pode ter um convívio social absolutamente normal. Por isso nunca é demais destacar que não se contrai o vírus HIV das seguintes maneiras:
- sexo, desde que se use corretamente a camisinha;
- masturbação a dois;
- beijo no rosto ou na boca;
- suor e lágrima;
- picada de inseto;
- aperto de mão ou abraço;
- talheres / copos;
- assento de ônibus;
- piscina, banheiros, pelo ar;
- doação de sangue;
- sabonete / toalha / lençóis.
Transmissão Vertical
A transmissão vertical do HIV (gestação, parto ou amamentação) tem sido combatida com muito sucesso em todo o mundo, principalmente no Brasil. Uma mulher infectada pelo vírus HIV pode, sim, ter filhos não contaminados. Para isso, é preciso que desde o início da gestação ela tenha um acompanhamento com uma equipe especializada para se evitar a transmissão. Por isso é de extrema importância que todas as mulheres grávidas façam o teste de HIV durante o pré-natal. Há estimativas de que se grávidas soropositvas tomarem medicamentos retrovirais já nas primeiras consultas do pré-natal as chances de o bebê não ser contaminado são se 97%.
A transmissão vertical do HIV (gestação, parto ou amamentação) tem sido combatida com muito sucesso em todo o mundo, principalmente no Brasil. Uma mulher infectada pelo vírus HIV pode, sim, ter filhos não contaminados. Para isso, é preciso que desde o início da gestação ela tenha um acompanhamento com uma equipe especializada para se evitar a transmissão. Por isso é de extrema importância que todas as mulheres grávidas façam o teste de HIV durante o pré-natal. Há estimativas de que se grávidas soropositvas tomarem medicamentos retrovirais já nas primeiras consultas do pré-natal as chances de o bebê não ser contaminado são se 97%.
Além do uso das drogas anti-retrovirais, é importante que as gestantes portadoras do vírus tenham os seguintes cuidados: parto cesariano programado e a suspensão do aleitamento materno, substituindo-o por leite artificial (fórmula infantil) e outros alimentos, de acordo com a idade da criança.
É muito importante destacar que o tratamento é gratuito e está disponível no SUS
Tratamento da AIDS
Apesar de não existir nenhuma vacina ou medicamento que cure definivamente a AIDS, os tratamentos têm evoluído consideravelmente. Para se ter idéia, entre 1982 e 1989, 50% das pessoas com mais 12 anos de idade só sobreviviam cerca seis meses após o diagnóstico da primeira infecção oportunista. Hoje, é possível conviver durante anos com o vírus HIV sem que AIDS se desenvolva. Isso graças aos tratamentos com drogas cada vez mais eficazes.
Em 1996 foi determinada a distribuição gratuita a todas as pessoas que precisem do tratamento. Isso gerou mais qualidade de vida e uma sobrevida maior aos soropositivos.
O tratamento de uma pessoa portadora do vírus da AIDS inclui o uso de medicamentos anti-retrovirais, que atuam baixando a carga viral do HIV e restaurando a imunidade do paciente. O quanto antes a pessoa iniciar o tratamento, melhores serão efeitos que ela terá.
Um acompanhamento médico adequado é de fundamental importância durante o tratamento, já que o estado de saúde de cada pessoa, o estilo de vida e preferências pessoais serão decisivos na escolha das drogas anti-retrovirais recomendas.
Drogas anti-retrovirais atualmente disponíveis
Durante bastante tempo o AZT (lançado em 1987) foi o único remédio disponível no controle do HIV. Agora, há 17 drogas que compõe o arsenal contra o HIV. São elas:
Durante bastante tempo o AZT (lançado em 1987) foi o único remédio disponível no controle do HIV. Agora, há 17 drogas que compõe o arsenal contra o HIV. São elas:
Inibidores da protease: indinavir (Crixivan); ritonavir (Norvir); saquinavir (Invirase ou Fortovase); nelfinavir (Viracept); amprenavir (Agenerase); lapinovir (Kaletra)
Inibidores da Transcriptase Reversa Nucleosídeos: zidovudina (Retrovir ou AZT); didanosina (Videx ou ddI); zalcitabina (Hivid ou ddC); estavudina (Zerit ou d4T); lamivudina (Epivir ou 3TC); combivir (AZT + 3TC); abacavir (Ziagen); Trizivir (AZT + 3TC + abacavir)
Inibidores da Transcriptase Reversa Não Nucleosídeos: nevirapina (Viramune); efavirenz (Sustiva); delavirdina (Rescriptor).
Oque é AIDS?
A AIDS é uma doença que se manifesta em pessoas que adquiriram o vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Também conhecida como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida), a doença fragiliza o sistema imunológico, dificultando a proteção diversos microorganismos, como bactérias, protozoários, vírus e etc.
O enfraquecimento das defesas do organismo contribui para que a pessoa infectada pelo vírus HIV adquira uma série de doenças que são chamadas de doenças oportunistas. Elas podem aparecer diversas vezes e até mesmo simultaneamente. Diferente do que muitos pensam, não é a AIDS que provoca a morte do indivíduo e sim as doenças oportunistas. Já que o organismo não está forte suficiente para se defender sozinho, as infecções trazem sérios riscos à saúde do portador de AIDS.
É importante destacar que ter o vírus HIV não significa que a pessoa tenha AIDS. A presença do vírus HIV indica que, no sangue, foram detectados anticorpos contra o vírus. Em todo o mundo, há milhares de pessoas soropositivas que vivem durante anos sem desenvolver a doença. Porém, mesmo sem manifestar a doença, elas podem transmitir o vírus para outras pessoas.
O que é o HIV?
O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) pertencente à classe dos retrovírus e é causador da AIDS. Quando entra no organismo humano, o vírus pode ficar silencioso e incubado por muitos anos e não apresentar nenhum sintoma. Quando aparecem os primeiros sintomas é possível identificar a AIDS. O HIV age no interior das células do sistema imunológico (responsável pela defesa do corpo), fazendo com que o vírus faça parte do seu código genético.
O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) pertencente à classe dos retrovírus e é causador da AIDS. Quando entra no organismo humano, o vírus pode ficar silencioso e incubado por muitos anos e não apresentar nenhum sintoma. Quando aparecem os primeiros sintomas é possível identificar a AIDS. O HIV age no interior das células do sistema imunológico (responsável pela defesa do corpo), fazendo com que o vírus faça parte do seu código genético.
Atualmente existem dois tipos de HIV: o HIV-1 e o HIV-2. Em todo o mundo, o mais comum é o HIV-1, mas ambos são transmitidos da mesma forma e causam AIDS. Uma das diferenças entre os dois, é que o HIV-2 é menos transmissível e seu período de incubação é maior.
O tempo médio entre a infecção pelo HIV e a manifestação da AIDS é de aproximadamente 10 anos para o HIV I e de 17 anos para o HIV II. Esse tempo poder ser consideravelmente mais curto em função da situação nutricional e/ou imunológica do indivíduo e o acesso a tratamentos eficazes.
História da Aids
1977/78
Primeiros casos nos EUA, Haiti e África Central, descobertos e definidos como Aids, em 1982, quando se classificou a nova síndrome.
Primeiros casos nos EUA, Haiti e África Central, descobertos e definidos como Aids, em 1982, quando se classificou a nova síndrome.
1980
Primeiro caso no Brasil, em São Paulo, também só classificado em 1982.
Primeiro caso no Brasil, em São Paulo, também só classificado em 1982.
1981
Primeiras preocupações das autoridades de saúde pública nos EUA com uma nova e misteriosa doença.
Primeiras preocupações das autoridades de saúde pública nos EUA com uma nova e misteriosa doença.
1982
Adoção temporária do nome Doença dos 5 H – Homossexuais, Hemofílicos, Haitianos, Heroinômanos (usuários de heroína injetável), Hookers (profissionais do sexo em inglês). Conhecimento do fator de possível transmissão por contato sexual, uso de drogas ou exposição a sangue e derivados. Primeiro caso de transfusão sangüínea. Primeiro caso diagnosticado no Brasil, em São Paulo.
Adoção temporária do nome Doença dos 5 H – Homossexuais, Hemofílicos, Haitianos, Heroinômanos (usuários de heroína injetável), Hookers (profissionais do sexo em inglês). Conhecimento do fator de possível transmissão por contato sexual, uso de drogas ou exposição a sangue e derivados. Primeiro caso de transfusão sangüínea. Primeiro caso diagnosticado no Brasil, em São Paulo.
1983
Primeira notificação de caso de aids em criança. Relato de caso de possível transmissão heterossexual. Homossexuais usuários de drogas são considerados os difusores do fator para os heterossexuais usuários de drogas. Relato de casos em profissionais de saúde. Primeiras críticas ao termo grupos de risco (grupos mais vulneráveis à infecção). Gays e haitianos são considerados principais vítimas. Possível semelhança com o vírus da hepatite B. Focaliza-se a origem viral da Aids. No Brasil, primeiro caso de Aids no sexo feminino.
Primeira notificação de caso de aids em criança. Relato de caso de possível transmissão heterossexual. Homossexuais usuários de drogas são considerados os difusores do fator para os heterossexuais usuários de drogas. Relato de casos em profissionais de saúde. Primeiras críticas ao termo grupos de risco (grupos mais vulneráveis à infecção). Gays e haitianos são considerados principais vítimas. Possível semelhança com o vírus da hepatite B. Focaliza-se a origem viral da Aids. No Brasil, primeiro caso de Aids no sexo feminino.
1984
A equipe de Luc Montagner, do Instituto Pasteur, na França, isola e caracteriza um retrovírus (vírus mutante que se transforma conforme o meio em que vive) como causador da Aids. Início da disputa, entre os grupos do médico americano Robert Gallo e do francês Luc Montagner, pela primazia da descoberta do HIV. Estruturação do primeiro programa de controle da Aids no Brasil – o Programa da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
A equipe de Luc Montagner, do Instituto Pasteur, na França, isola e caracteriza um retrovírus (vírus mutante que se transforma conforme o meio em que vive) como causador da Aids. Início da disputa, entre os grupos do médico americano Robert Gallo e do francês Luc Montagner, pela primazia da descoberta do HIV. Estruturação do primeiro programa de controle da Aids no Brasil – o Programa da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
1985
Fundação do GAPA – Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (primeira ONG do Brasil e da América Latina na luta contra a Aids). Diferentes estudos buscam meio diagnóstico para a possível origem viral da Aids. O primeiro teste anti-HIV é disponibilizado para diagnóstico. Caracterização dos comportamentos de risco no lugar de grupo de risco. A Aids é a fase final da doença, causada por um retrovírus, agora denominado HIV – Human Immunodeficiency Virus (vírus da imunodeficiência humana). Primeiro caso de transmissão vertical (da mãe grávida para o bebê).
Fundação do GAPA – Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (primeira ONG do Brasil e da América Latina na luta contra a Aids). Diferentes estudos buscam meio diagnóstico para a possível origem viral da Aids. O primeiro teste anti-HIV é disponibilizado para diagnóstico. Caracterização dos comportamentos de risco no lugar de grupo de risco. A Aids é a fase final da doença, causada por um retrovírus, agora denominado HIV – Human Immunodeficiency Virus (vírus da imunodeficiência humana). Primeiro caso de transmissão vertical (da mãe grávida para o bebê).
1986
Criação do Programa Nacional de DST e Aids.
Criação do Programa Nacional de DST e Aids.
1987
Criação do Primeiro Centro de Orientação Sorológica – COAS, em Porto Alegre/RS. Questiona-se a definição de comportamentos sexuais tidos como anormais. Início da utilização do AZT, medicamento para pacientes com câncer e o primeiro que reduz a multiplicação do HIV. Os Ministérios da Saúde e do Trabalho incluem as DST/Aids nas SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho e Saúde). A Assembléia Mundial de Saúde, com apoio da ONU (Organização das Nações Unidas), decide transformar o dia 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids, para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão em relação às pessoas infectadas pelo HIV. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. Total de casos notificados no Brasil: 2.775.
1988
No Brasil, uma portaria assinada pelo Ministro da Saúde passa a adotar o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Morre o cartunista Henrique de Souza Filho, o Henfil, aos 43 anos. Criação do Sistema Único de Saúde. O Ministério da Saúde inicia o fornecimento de medicamentos para tratamento das infecções oportunistas. Primeiro caso diagnosticado na população indígena. Total de casos notificados no Brasil: 4.535.
Criação do Primeiro Centro de Orientação Sorológica – COAS, em Porto Alegre/RS. Questiona-se a definição de comportamentos sexuais tidos como anormais. Início da utilização do AZT, medicamento para pacientes com câncer e o primeiro que reduz a multiplicação do HIV. Os Ministérios da Saúde e do Trabalho incluem as DST/Aids nas SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho e Saúde). A Assembléia Mundial de Saúde, com apoio da ONU (Organização das Nações Unidas), decide transformar o dia 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids, para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão em relação às pessoas infectadas pelo HIV. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. Total de casos notificados no Brasil: 2.775.
1988
No Brasil, uma portaria assinada pelo Ministro da Saúde passa a adotar o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Morre o cartunista Henrique de Souza Filho, o Henfil, aos 43 anos. Criação do Sistema Único de Saúde. O Ministério da Saúde inicia o fornecimento de medicamentos para tratamento das infecções oportunistas. Primeiro caso diagnosticado na população indígena. Total de casos notificados no Brasil: 4.535.
1989
Morre Lauro Corona, ator da TV Globo, aos 32 anos. Ativistas levam o fabricante do AZT (Burroughs Wellcome) a reduzir em 20% o preço do remédio. Novo Critério de Definição para a classificação de Casos de Aids após o Congresso de Caracas, Venezuela. Total de casos notificados no Brasil: 6.295.
Morre Lauro Corona, ator da TV Globo, aos 32 anos. Ativistas levam o fabricante do AZT (Burroughs Wellcome) a reduzir em 20% o preço do remédio. Novo Critério de Definição para a classificação de Casos de Aids após o Congresso de Caracas, Venezuela. Total de casos notificados no Brasil: 6.295.
1990
O cantor e compositor Cazuza morre aos 32 anos.
O cantor e compositor Cazuza morre aos 32 anos.
1991
Inicia-se o processo para a aquisição e distribuição gratuita de anti-retrovirais (medicamentos que dificultam a multiplicação do HIV). Dez anos depois da aids ser identificada, a OMS anuncia que 10 milhões de pessoas estão infectadas pelo HIV no mundo. O jogador de basquete Magic Johnson anuncia que tem HIV. O Videx (ddl), que como o AZT faz parte de um grupo de drogas chamadas inibidores de transcriptase reversa, é lançado. Total de casos notificados no Brasil: 11.805.
Inicia-se o processo para a aquisição e distribuição gratuita de anti-retrovirais (medicamentos que dificultam a multiplicação do HIV). Dez anos depois da aids ser identificada, a OMS anuncia que 10 milhões de pessoas estão infectadas pelo HIV no mundo. O jogador de basquete Magic Johnson anuncia que tem HIV. O Videx (ddl), que como o AZT faz parte de um grupo de drogas chamadas inibidores de transcriptase reversa, é lançado. Total de casos notificados no Brasil: 11.805.
1992
Primeiro estudo sobre o uso de várias drogas combinadas contra o HIV. Estudo sobre a importância das doenças sexualmente transmissíveis (DST) como co-fator para a transmissão do HIV, podendo aumentar o risco de transmissão e aquisição do HIV em até 18 vezes (Dra. J. Wasserheit). Gallo e Montagnier chegam a um acordo definitivo sobre o crédito da descoberta do vírus. A opinião pública brasileira fica indignada quando a menina Sheila Cartopassi de Oliveira, de cinco anos, tem a matrícula recusada em uma escola de São Paulo, por ser portadora de HIV. Inclusão, no código internacional de doenças, da infecção pelo HIV. Ministério da Saúde inclui os procedimentos para o tratamento da aids na tabela do SUS. Início do credenciamento de hospitais para o tratamento de pacientes com aids. Campanha: Vamos todos contra a aids de mãos dadas com a vida. Total de casos: 14.924.
1993
Início da notificação da Aids no Sistema Nacional de Notificação de Doenças – SINAN. Morre o bailarino Rudolf Nureyev. A atriz Sandra Brea (1952-2000) anuncia que é portadora do vírus. A opinião pública começa a perceber que a doença atinge também as mulheres. O AZT passa a ser produzido no Brasil. Total de casos notificados no Brasil: 16.760.
Primeiro estudo sobre o uso de várias drogas combinadas contra o HIV. Estudo sobre a importância das doenças sexualmente transmissíveis (DST) como co-fator para a transmissão do HIV, podendo aumentar o risco de transmissão e aquisição do HIV em até 18 vezes (Dra. J. Wasserheit). Gallo e Montagnier chegam a um acordo definitivo sobre o crédito da descoberta do vírus. A opinião pública brasileira fica indignada quando a menina Sheila Cartopassi de Oliveira, de cinco anos, tem a matrícula recusada em uma escola de São Paulo, por ser portadora de HIV. Inclusão, no código internacional de doenças, da infecção pelo HIV. Ministério da Saúde inclui os procedimentos para o tratamento da aids na tabela do SUS. Início do credenciamento de hospitais para o tratamento de pacientes com aids. Campanha: Vamos todos contra a aids de mãos dadas com a vida. Total de casos: 14.924.
1993
Início da notificação da Aids no Sistema Nacional de Notificação de Doenças – SINAN. Morre o bailarino Rudolf Nureyev. A atriz Sandra Brea (1952-2000) anuncia que é portadora do vírus. A opinião pública começa a perceber que a doença atinge também as mulheres. O AZT passa a ser produzido no Brasil. Total de casos notificados no Brasil: 16.760.
1994
Acordo com o Banco Mundial dá impulso às ações de controle e prevenção às DST e à Aids previstas pelo Ministério da Saúde. Estudos mostram que o uso do AZT ajuda a prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho. Definição para diagnosticar casos de Aids em crianças. Total de casos notificados no Brasil: 18.224.
Acordo com o Banco Mundial dá impulso às ações de controle e prevenção às DST e à Aids previstas pelo Ministério da Saúde. Estudos mostram que o uso do AZT ajuda a prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho. Definição para diagnosticar casos de Aids em crianças. Total de casos notificados no Brasil: 18.224.
1995
Medicações consolidadas para o tratamento anti-retroviral até este momento: AZT/ddI/ddC. Uma nova classe de drogas contra o HIV, os inibidores de protease, é aprovada nos EUA. Zerti (d4T) e Epivir (3TC), outros inibidores de transcriptase reversa, são lançados, aumentando as escolhas de tratamento. Estudos revelam que a combinação de drogas reduz a progressão da infecção, mas o custo do tratamento é de US$ 10 mil a US$ 15 mil por ano. Aparecimento dos primeiros inibidores de protease (medicações que dificultam a multiplicação do HIV no organismo). Até esse ano, a assistência medicamentosa era precária. Estudo demonstra que o tratamento precoce das DST, com conseqüente redução no tempo de evolução das doenças e de suas complicações, faz com que o risco de transmissão e aquisição do HIV diminuam. A incidência do HIV é reduzida em 42% com essas medidas (Grosskurt H et al.). Total de casos notificados no Brasil: 19.980.
Medicações consolidadas para o tratamento anti-retroviral até este momento: AZT/ddI/ddC. Uma nova classe de drogas contra o HIV, os inibidores de protease, é aprovada nos EUA. Zerti (d4T) e Epivir (3TC), outros inibidores de transcriptase reversa, são lançados, aumentando as escolhas de tratamento. Estudos revelam que a combinação de drogas reduz a progressão da infecção, mas o custo do tratamento é de US$ 10 mil a US$ 15 mil por ano. Aparecimento dos primeiros inibidores de protease (medicações que dificultam a multiplicação do HIV no organismo). Até esse ano, a assistência medicamentosa era precária. Estudo demonstra que o tratamento precoce das DST, com conseqüente redução no tempo de evolução das doenças e de suas complicações, faz com que o risco de transmissão e aquisição do HIV diminuam. A incidência do HIV é reduzida em 42% com essas medidas (Grosskurt H et al.). Total de casos notificados no Brasil: 19.980.
1996
Primeiro consenso em terapia anti-retroviral (regulamentação da prescrição de medicações para combater o HIV). Lei fixa o direito ao recebimento de medicação gratuita para tratamento da aids. Disponibilização do AZT venoso na rede pública. Queda das taxas de mortalidade por aids, diferenciada por regiões. Percebe-se que a infecção aumenta entre as mulheres (feminização), dirige-se para os municípios do interior dos estados brasileiros (interiorização) e aumenta significativamente na população de baixa escolaridade e baixa renda (pauperização). Total de casos notificados no Brasil: 22.343.
Primeiro consenso em terapia anti-retroviral (regulamentação da prescrição de medicações para combater o HIV). Lei fixa o direito ao recebimento de medicação gratuita para tratamento da aids. Disponibilização do AZT venoso na rede pública. Queda das taxas de mortalidade por aids, diferenciada por regiões. Percebe-se que a infecção aumenta entre as mulheres (feminização), dirige-se para os municípios do interior dos estados brasileiros (interiorização) e aumenta significativamente na população de baixa escolaridade e baixa renda (pauperização). Total de casos notificados no Brasil: 22.343.
1997
Implantação da Rede Nacional de Laboratórios para o monitoramento de pacientes com HIV em terapia com anti-retroviral, com a realização de exames de carga viral e contagem de células CD4 (células que fazem parte do sistema de defesa do organismo ou sistema imunológico). Morre o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. Hemofílico, contaminado por transfusão de sangue, defendia o tratamento digno dos doentes de aids. Total de casos notificados no Brasil: 22.593.
Implantação da Rede Nacional de Laboratórios para o monitoramento de pacientes com HIV em terapia com anti-retroviral, com a realização de exames de carga viral e contagem de células CD4 (células que fazem parte do sistema de defesa do organismo ou sistema imunológico). Morre o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. Hemofílico, contaminado por transfusão de sangue, defendia o tratamento digno dos doentes de aids. Total de casos notificados no Brasil: 22.593.
1998
Validação do algoritmo nacional para diagnóstico das DST no Brasil (Moherdaui F et al.). Ministério da Saúde recomenda a aplicação da Abordagem Sindrômica das DST para seu tratamento oportuno e conseqüente diminuição da incidência do HIV. Onze medicamentos disponíveis, gratuitamente, na rede de saúde. Lei define como obrigatória a cobertura de despesas hospitalares com aids pelos seguros-saúde privados (não assegura tratamento anti-retroviral). Muitos soropositivos que usam o coquetel apresentam cargas virais indetectáveis pelos exames. Mas o HIV continua ‘escondido’ no organismo (gânglios linfáticos, medula e partes do cérebro). Cientistas registram a imagem da estrutura cristalina da proteína gp 120 do vírus da aids, usada por ele para entrar nas células do sistema imunológico atacadas pelo HIV. Campanhas: Sem camisinha não tem carnaval; A força da mudança: com os jovens em campanha contra a aids.
Validação do algoritmo nacional para diagnóstico das DST no Brasil (Moherdaui F et al.). Ministério da Saúde recomenda a aplicação da Abordagem Sindrômica das DST para seu tratamento oportuno e conseqüente diminuição da incidência do HIV. Onze medicamentos disponíveis, gratuitamente, na rede de saúde. Lei define como obrigatória a cobertura de despesas hospitalares com aids pelos seguros-saúde privados (não assegura tratamento anti-retroviral). Muitos soropositivos que usam o coquetel apresentam cargas virais indetectáveis pelos exames. Mas o HIV continua ‘escondido’ no organismo (gânglios linfáticos, medula e partes do cérebro). Cientistas registram a imagem da estrutura cristalina da proteína gp 120 do vírus da aids, usada por ele para entrar nas células do sistema imunológico atacadas pelo HIV. Campanhas: Sem camisinha não tem carnaval; A força da mudança: com os jovens em campanha contra a aids.
1999
Aumenta para 15 o número de medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Queda de 50% na mortalidade dos pacientes de aids e melhora da qualidade de vida dos portadores do HIV. Estudos indicam que, quando o tratamento é abandonado, a infecção torna-se outra vez detectável. Pacientes desenvolvem efeitos colaterais aos remédios. Marylin, um chimpanzé fêmea, ajuda a confirmar que o SIV (Simian Immunodeficiency Virus ou Vírus da Imunodeficiência dos Símios) foi transmitido para seres humanos e sofreu mutações, transformando-se no HIV. Testes genéticos mostram que o HIV é bastante similar ao SIV, que infecta os chimpanzés, mas não os deixa doentes. Total de casos notificados no Brasil 1998/1999 (até agosto): 22.102.
Aumenta para 15 o número de medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Queda de 50% na mortalidade dos pacientes de aids e melhora da qualidade de vida dos portadores do HIV. Estudos indicam que, quando o tratamento é abandonado, a infecção torna-se outra vez detectável. Pacientes desenvolvem efeitos colaterais aos remédios. Marylin, um chimpanzé fêmea, ajuda a confirmar que o SIV (Simian Immunodeficiency Virus ou Vírus da Imunodeficiência dos Símios) foi transmitido para seres humanos e sofreu mutações, transformando-se no HIV. Testes genéticos mostram que o HIV é bastante similar ao SIV, que infecta os chimpanzés, mas não os deixa doentes. Total de casos notificados no Brasil 1998/1999 (até agosto): 22.102.
2000
A 13ª Conferência Internacional sobre Aids, em Durban, na África do Sul, denuncia ao mundo a mortandade na África. Dezessete milhões morreram de Aids no continente, 3,7 milhões são crianças. 8,8% dos adultos estão contaminados. O Presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, escandaliza o mundo ao sugerir que o HIV não causa a aids. Realização do I Forum em HIV/Aids e DST da América Latina, no Rio de Janeiro. A partir de acordo promovido pelas Nações Unidas, cinco grandes companhias farmacêuticas concordam em diminuir o preço dos remédios usados no tratamento da aids para os países em desenvolvimento. No Brasil, aumentam os casos em mulheres. A proporção nacional de casos de aids notificados já é de uma mulher para cada dois homens. Total de casos notificados no Brasil 1999/2000 (até junho): 17.806.
A 13ª Conferência Internacional sobre Aids, em Durban, na África do Sul, denuncia ao mundo a mortandade na África. Dezessete milhões morreram de Aids no continente, 3,7 milhões são crianças. 8,8% dos adultos estão contaminados. O Presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, escandaliza o mundo ao sugerir que o HIV não causa a aids. Realização do I Forum em HIV/Aids e DST da América Latina, no Rio de Janeiro. A partir de acordo promovido pelas Nações Unidas, cinco grandes companhias farmacêuticas concordam em diminuir o preço dos remédios usados no tratamento da aids para os países em desenvolvimento. No Brasil, aumentam os casos em mulheres. A proporção nacional de casos de aids notificados já é de uma mulher para cada dois homens. Total de casos notificados no Brasil 1999/2000 (até junho): 17.806.
2001
Implantação da Rede Nacional de Laboratórios para Genotipagem. O Brasil ameaça quebrar patentes e consegue negociar com a indústria farmacêutica internacional a redução no preço dos medicamentos para aids. Organizações médicas e ativistas denunciam o alto preço dos remédios contra aids. Muitos laboratórios são obrigados a baixar o preço das drogas nos países do Terceiro Mundo. O HIV Vaccine Trials Network (HVTN) planeja testes com vacina em vários países, entre eles o Brasil. Total de casos de aids acumulados: (1980 – 2001) 220.000.
Implantação da Rede Nacional de Laboratórios para Genotipagem. O Brasil ameaça quebrar patentes e consegue negociar com a indústria farmacêutica internacional a redução no preço dos medicamentos para aids. Organizações médicas e ativistas denunciam o alto preço dos remédios contra aids. Muitos laboratórios são obrigados a baixar o preço das drogas nos países do Terceiro Mundo. O HIV Vaccine Trials Network (HVTN) planeja testes com vacina em vários países, entre eles o Brasil. Total de casos de aids acumulados: (1980 – 2001) 220.000.
2002
O Fundo Global para o Combate a Aids, Tuberculose e Malária é criado para captar e distribuir recursos, que serão utilizados por países em desenvolvimento, para o controle das três doenças infecciosas que mais matam no mundo. Um relatório realizado pelo Unaids, Programa Conjunto das Nações Unidas para a luta contra a aids, afirma que a Aids vai matar 70 milhões de pessoas nos próximos 20 anos, a maior parte na África, a não ser que as nações ricas aumentem seus esforços para conter a doença. A 14ª Conferência Internacional sobre Aids é realizada em Barcelona. Total de casos de aids acumulados: (1980-2002) 258.000.
2003
Realização do II Forum em HIV/Aids e DST da América Latina, em Havana, Cuba. O Programa Brasileiro de DST/Aids recebe um prêmio de US$ 1 milhão, da Fundação Bill & Melinda Gates, como reconhecimento às ações de prevenção e assistência no país. Os recursos foram doados para ONGs que trabalham com portadores de HIV/Aids. O Programa Nacional de DST/Aids é considerado por diversas agências de cooperação internacional como referência mundial. Total de casos de aids acumulados até 2003: 310.310.
O Fundo Global para o Combate a Aids, Tuberculose e Malária é criado para captar e distribuir recursos, que serão utilizados por países em desenvolvimento, para o controle das três doenças infecciosas que mais matam no mundo. Um relatório realizado pelo Unaids, Programa Conjunto das Nações Unidas para a luta contra a aids, afirma que a Aids vai matar 70 milhões de pessoas nos próximos 20 anos, a maior parte na África, a não ser que as nações ricas aumentem seus esforços para conter a doença. A 14ª Conferência Internacional sobre Aids é realizada em Barcelona. Total de casos de aids acumulados: (1980-2002) 258.000.
2003
Realização do II Forum em HIV/Aids e DST da América Latina, em Havana, Cuba. O Programa Brasileiro de DST/Aids recebe um prêmio de US$ 1 milhão, da Fundação Bill & Melinda Gates, como reconhecimento às ações de prevenção e assistência no país. Os recursos foram doados para ONGs que trabalham com portadores de HIV/Aids. O Programa Nacional de DST/Aids é considerado por diversas agências de cooperação internacional como referência mundial. Total de casos de aids acumulados até 2003: 310.310.
2004
Morrem duas lideranças transexuais, a advogada e militante Janaína Dutra e a ativista Marcela Prado (ambas foram grandes colaboradoras do Programa Nacional de DST e Aids). Lançamento do algoritmo brasileiro para testes de genotipagem. Recife reúne quatro mil participantes em três congressos simultâneos: o V Congresso Brasileiro de Prevenção em DST/Aids, o V Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (SBDST) e o I Congresso Brasileiro de Aids. Total de casos de aids acumulados até 30/06/04: 362.364.
Morrem duas lideranças transexuais, a advogada e militante Janaína Dutra e a ativista Marcela Prado (ambas foram grandes colaboradoras do Programa Nacional de DST e Aids). Lançamento do algoritmo brasileiro para testes de genotipagem. Recife reúne quatro mil participantes em três congressos simultâneos: o V Congresso Brasileiro de Prevenção em DST/Aids, o V Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (SBDST) e o I Congresso Brasileiro de Aids. Total de casos de aids acumulados até 30/06/04: 362.364.
2005
Makgatho Mandela (filho do ex-presidente Nelson Mandela) morre em conseqüência da aids aos 54 anos. O tema do Dia Mundial de Luta Contra a Aids no Brasil aborda o racismo como fator de vulnerabilidade para a população negra. Total de casos de aids acumulados até junho de 2005: 371.827.
Makgatho Mandela (filho do ex-presidente Nelson Mandela) morre em conseqüência da aids aos 54 anos. O tema do Dia Mundial de Luta Contra a Aids no Brasil aborda o racismo como fator de vulnerabilidade para a população negra. Total de casos de aids acumulados até junho de 2005: 371.827.
2006
O terceiro sábado de outubro é promulgado como o Dia Nacional de Combate à Sífilis. Toronto recebe 20 mil pessoas para a 16ª Conferência Mundial sobre Aids, o maior evento sobre aids no mundo. Dia Mundial de Luta contra a Aids teve sua campanha protagonizada por pessoas vivendo com aids. À noite, em uma ação inédita, a inscrição da RNP+ “Eu me escondia para morrer, hoje me mostro para viver” foi projetada em raio laser nas duas torres do Congresso Nacional, que ficou às escuras, como forma de lembrar os mortos pela doença. Acordo reduz em 50% preço do anti-retroviral tenofovir, representando uma economia imediata de US$ 31,4 milhões por anos. Total de casos de aids acumulados até 30/06/06: 433.067.
O terceiro sábado de outubro é promulgado como o Dia Nacional de Combate à Sífilis. Toronto recebe 20 mil pessoas para a 16ª Conferência Mundial sobre Aids, o maior evento sobre aids no mundo. Dia Mundial de Luta contra a Aids teve sua campanha protagonizada por pessoas vivendo com aids. À noite, em uma ação inédita, a inscrição da RNP+ “Eu me escondia para morrer, hoje me mostro para viver” foi projetada em raio laser nas duas torres do Congresso Nacional, que ficou às escuras, como forma de lembrar os mortos pela doença. Acordo reduz em 50% preço do anti-retroviral tenofovir, representando uma economia imediata de US$ 31,4 milhões por anos. Total de casos de aids acumulados até 30/06/06: 433.067.
2007
Em janeiro, a Tailândia decide copiar o anti-retroviral Kaletra, e em maio, o Brasil decreta o licenciamento compulsório do Efavirenz. Também é assinado acordo para reduzir preço do anti-retroviral Lopinavir/Ritonavir. O Programa Nacional de DST/AIDS institui Banco de Dados de violações dos direitos das pessoas portadoras do HIV. Em um ano, a UNITAID reduz preços de medicamentos anti-retrovirais em até 50%. Aumenta a sobrevida das pessoas com aids no Brasil. A Campanha do Dia Mundial, cujo tema são os jovens, é lançada no Cristo Redentor. Os Ministérios da Saúde e Educação e as Nações Unidas premiam máquinas de preservativos. Total de casos de aids acumulados até junho de 2007: 474.273.
Em janeiro, a Tailândia decide copiar o anti-retroviral Kaletra, e em maio, o Brasil decreta o licenciamento compulsório do Efavirenz. Também é assinado acordo para reduzir preço do anti-retroviral Lopinavir/Ritonavir. O Programa Nacional de DST/AIDS institui Banco de Dados de violações dos direitos das pessoas portadoras do HIV. Em um ano, a UNITAID reduz preços de medicamentos anti-retrovirais em até 50%. Aumenta a sobrevida das pessoas com aids no Brasil. A Campanha do Dia Mundial, cujo tema são os jovens, é lançada no Cristo Redentor. Os Ministérios da Saúde e Educação e as Nações Unidas premiam máquinas de preservativos. Total de casos de aids acumulados até junho de 2007: 474.273.
Qual a Função do CAPS ?
Seu objetivo é oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. Com a criação desses centros, possibilita-se a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. Os CAPS são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários que oferecem atendimento diário.
É função dos CAPS:
- prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos;- acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território;
- promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais;
- regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação;
- dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica;
- organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios;
- articular estrategicamente a rede e a política de saúde mental num determinado território
- promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
Estes serviços devem ser substitutivos e não complementares ao hospital psiquiátrico. De fato, o CAPS é o núcleo de uma nova clínica, produtora de autonomia, que convida o usuário à responsabilização e ao protagonismo em toda a trajetória do seu tratamento.
Os projetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria estrutura física, em busca da rede de suporte social, potencializadora de suas ações, preocupando-se com o sujeito e a singularidade, sua história, sua cultura e sua vida cotidiana.
O perfil populacional dos municípios é sem dúvida um dos principais critérios para o planejamento da rede de atenção à saúde mental nas cidades, e para a implantação de centros de Atenção Psicossocial. O critério populacional, no entanto, deve ser compreendido apenas como um orientador para o planejamento das ações de saúde. De fato, é o gestor local, articulado com as outras instâncias de gestão do SUS, que terá as condições mais adequadas para definir os equipamentos que melhor respondem às demandas de saúde do município.
Tudo que a gestante precisa saber sobre o exame Pré-Natal
"O acompanhamento pré-natal compreende a realização de consultas médicas durante a gravidez, nas quais o médico realiza a avaliação global da gestante e também do crescimento do bebê. Além disso, são realizados diversos exames laboratoriais. Todas essas ações têm como objetivo detectar e tratar precocemente doenças ou condições que possam exercer efeitos danosos na saúde da mãe e/ou do bebê."
A gestação não é uma doença, e sim um processo fisiológico normal, que na grande maioria das vezes transcorre sem complicações. Esse grupo de mulheres que não apresenta complicações compõe o chamado grupo de gestações de "baixo risco". Porém, em alguns casos, a gestação pode já começar com problemas, ou esses surgem durante a mesma, apresentando uma possibilidade maior de evolução desfavorável tanto para a mãe quanto para a criança. São as chamadas gestações de "alto risco". O objetivo do pré-natal é garantir o bom andamento das gestações de baixo risco e, também, identificar adequada e precocemente quais as pacientes com maiores chances de evolução desfavorável.
A assistência pré-natal deve ser iniciada assim que a possibilidade de gravidez for considerada, geralmente devido a atraso menstrual. Quanto antes for iniciado o acompanhamento, melhores serão os resultados alcançados.
Na primeira consulta, o obstetra tem a oportunidade de realizar uma entrevista detalhada com a gestante, englobando vários aspectos. São questões a serem levantadas: os sintomas que a paciente esteja sentindo; a história de doenças no passado; detalhes sobre os ciclos menstruais, a prática sexual e o uso de métodos anticoncepcionais; gestações prévias; doenças atuais, como pressão alta, diabetes, e outras; aspectos emocionais, se a gravidez foi planejada, se está sendo bem recebida.
A partir daí, inicialmente deve-se confirmar o diagnóstico de gestação. Para isso, existem alguns sinais no exame da paciente que podem ajudar, como o aumento do útero, mudanças nas mamas, na vagina e no colo do útero. Realiza-se também um exame de sangue, para detecção de um hormônio que está presente durante a gravidez, fechando o diagnóstico.
Após confirmada a gestação, a mulher deve fazer vários exames de sangue. O objetivo é detectar qualquer alteração ou doença que possa acometer a criança ou comprometer o seu desenvolvimento no útero. Os exames realizados, geralmente, são os seguintes:
• Grupo sanguíneo e fator Rh: importante porque se a mãe for Rh negativo e a criança Rh positivo (caso o pai seja Rh positivo), pode ocorrer uma incompatibilidade sanguínea que leva à destruição das células vermelhas do feto, podendo levar à sua morte antes mesmo do nascimento.• Glicemia: para avaliação da presença de diabetes mellitus.
• Anti-HIV: para detectar a infecção por esse vírus (vírus da AIDS). Isso é importante porque existem medicamentos que se utilizados de maneira correta e no momento certo podem reduzir bastante o risco de transmissão do vírus para o bebê.
• Exame de sífilis: essa doença é causada por uma bactéria e pode ser transmitida ao bebê, podendo causar malformações.
• Exame de toxoplasmose: doença causada por um protozoário, também pode ser transmitido ao feto e causar malformações.
• Exame de rubéola: doença viral, que pode levar a abortamento e malformações graves.
• Exame de urina e urocultura: para detectar infecção urinária. A ocorrência de infecção urinária, durante a gestação, pode aumentar o risco de parto prematuro e de infecções mais graves (como a renal).
• Exame de hepatite B: caso a mãe seja portadora do vírus, existem condutas que reduzem a transmissão do mesmo para o bebê.
• Ultra-sonografia (US): atualmente, temos observado a utilização exagerada da US durante a gestação. Às vezes nos deparamos com mulheres que realizaram mais de 4-5 exames, o que é desnecessário. Indica-se, geralmente, dois exames. Um no primeiro trimestre, entre 11 e 13 semanas de gestação, para avaliação da idade gestacional. O outro, entre 18 e 20 semanas (segundo trimestre), para avaliar a presença de malformações. A realização de exames adicionais depende da presença de condições específicas, que exijam um monitoramento mais cuidadoso, como nas gestações de alto risco.
Nas gestações de baixo risco, as consultas devem ser realizadas mensalmente até o sétimo mês de gravidez. A partir daí, a consulta deve ser a cada duas semanas até completar uma idade gestacional de 36 semanas. Depois disso, as consultas são semanais. Nas gestações de alto risco, o intervalo das consultas é menor, dependendo da necessidade de cada caso.
Em cada consulta são realizadas a entrevista e o exame físico, com palpação do abdome e determinação do tamanho do útero e a ausculta dos batimentos cardíacos fetais.
Outro aspecto importante do pré-natal é a avaliação a respeito da nutrição da gestante. Nas consultas, o médico faz um acompanhamento do ganho de peso da mãe, que não deve ser inferior e nem superior ao recomendado. Devemos ter em mente que as necessidades calóricas estão aumentadas, durante a gravidez, porém a mulher deve ter uma dieta balanceada, tendo o cuidado para evitar o ganho de peso excessivo, que pode ser prejudicial.
Além disso, indica-se a reposição de duas vitaminas. O ácido fólico é indicado nas primeiras semanas de gravidez, pois ajuda a prevenir algumas malformações. O ferro (sulfato ferroso) é recomendado a todas as gestantes a partir do segundo trimestre, até o término da lactação, pois ele não pode ser suprido apenas pela dieta normal da gestante. Recomenda-se também que a gestante receba alimentos ricos em cálcio.
Além de todas essas abordagens já descritas, o acompanhamento pré-natal permite a avaliação de queixas comuns em gestantes, como náuseas e vômitos, constipação intestinal, queimação no estômago, inchaço e varizes nas pernas, cãibras, tonteiras, cansaço e dor nas costas. Essas queixas preocupam bastante as mulheres, e durante as consultas elas podem ter suas dúvidas esclarecidas ou receberem tratamento adequado. A orientação do uso de meia elástica também é importante para evitar o surgimento de varizes e diminuir o risco de trombose durante a gestação.
Outras questões levantadas durante o pré-natal são relativas ao uso de medicamentos. Sabemos que muitos remédios não podem ser utilizados durante a gestação, por causarem efeitos graves no feto. Assim, o acompanhamento médico é essencial para garantir que a gestante não utilize tais medicações. O médico também indicará a vacinação com a vacina antitetânica, que deve ser feita em todas as gestantes.
Como vimos, o pré-natal é de extrema importância, pois permite que a gestação seja conduzida da forma mais saudável possível. Além disso, as possíveis alterações são detectadas e tratadas precocemente, o que reduz bastante a chance de resultados desfavoráveis, protegendo a saúde da mãe e do bebê.
TÉTANO - IMPORTANTE ESTAR INFORMADO
Por
Fernando S. V. Martins & Terezinha Marta P.P. Castiñeiras
O tétano é uma doença infecciosa grave causada por uma neurotoxina produzida pelo Clostridium tetani, uma bactéria encontrada comumente no solo sob a forma de esporos (formas de resistência). O tétano, uma doença imunoprevenível, pode acometer indivíduos de qualquer idade e não é transmissível de uma pessoa para outra. A ocorrência da doença é mais freqüente em regiões onde a cobertura vacinal da população é baixa e o acesso á assistência médica é limitado.
Transmissão
O tétano é uma doença infecciosa, não transmissível de um indivíduo para outro, que pode ocorrer em pessoas não imunes ou seja, sem niveis adequados de anticorpos protetores. Os anticorpos protetores são induzidos exclusivamente pela aplicação da vacina antitetânica, uma vez que a neurotoxina, em razão de atuar em quantidades extremamente reduzidas, é capaz de produzir a doença, mas não a imunidade. O tétano pode ser adquirido através da contaminação de ferimentos (tétano acidental), inclusive os crônicos (como úlceras varicosas) ou do cordão umbilical (tétano neonatal).
Os esporos do Clostridium tetani são encontrados habitualmente no solo e, sem causar o tétano, nos intestinos e fezes de animais (cavalos, bois, carneiros, porcos, galinhas etc). Também podem ser encontrados, principalmente em áreas rurais, na pele (integra), no intestino e fezes de seres humanos, sem causar a doença. Quando em condições anaeróbicas (ausência de oxigenio), como ocorre em ferimentos, os esporos germinam para a forma vegetativa do Clostridium tetani, que multiplica-se e produz duas exotoxinas, a tetanolisina (ação ainda desconhecida) e a tetanospasmina (uma neurotoxina), que são disseminadas através do sistema circulatório (sanguíneo e linfático). A tetanospasmina, responsável pelas manifestações clínicas do tétano, é uma neurotoxina extremamente potente, capaz de ser letal para seres humanos em doses de 2,5 nanogramas (1 nanograma = 1 bilionésimo do grama) por quilo de peso (150 nanogramas, para um adulto de 60 kg).
Os esporos do Clostridium tetani são encontrados habitualmente no solo e, sem causar o tétano, nos intestinos e fezes de animais (cavalos, bois, carneiros, porcos, galinhas etc). Também podem ser encontrados, principalmente em áreas rurais, na pele (integra), no intestino e fezes de seres humanos, sem causar a doença. Quando em condições anaeróbicas (ausência de oxigenio), como ocorre em ferimentos, os esporos germinam para a forma vegetativa do Clostridium tetani, que multiplica-se e produz duas exotoxinas, a tetanolisina (ação ainda desconhecida) e a tetanospasmina (uma neurotoxina), que são disseminadas através do sistema circulatório (sanguíneo e linfático). A tetanospasmina, responsável pelas manifestações clínicas do tétano, é uma neurotoxina extremamente potente, capaz de ser letal para seres humanos em doses de 2,5 nanogramas (1 nanograma = 1 bilionésimo do grama) por quilo de peso (150 nanogramas, para um adulto de 60 kg).
Tétano acidental
O tétano acidental (decorrente de acidentes) é, geralmente, é adquirido através da contaminação de ferimentos (mesmo pequenos) com esporos do Clostridium tetani, que são encontrados no ambiente (solo, poeira, esterco, superfície de objetos - principalmente quando metálicos e enferrujados). O Clostridium tetani, quando contamina ferimentos, sob condições favoráveis (presença de tecidos mortos, corpos estranhos e sujeira), torna-se capaz de multiplicar-se e produzir tetanospasmina, que atua em terminais nervosos, induzindo contraturas musculares intensas.
Tétano neonatal
As gestantes que nunca foram vacinadas, além de estarem desprotegidas não passam anticorpos protetores para o filho, o que acarreta risco de tétano neonatal para o recém-nato (criança com até 28 dias de idade). O tétano neonatal (tétano umbilical, "mal dos sete dias") é adquirido quando ocorre contaminação do cordão umbilical com esporos do Clostridium tetani. A contaminação pode ocorrer durante a secção do cordão com instrumentos não esterilizados ou pela utilização subseqüente de substâncias contaminadas para realização de curativo no coto umbilical (esterco, fumo, pó de café, teia de aranha etc).
Riscos
O risco de aquisição de tétano, para pessoas não adequadamente imunizadas, existe em qualquer país do mundo, uma vez que a distribuição do Clostridium tetani é universal. No Brasil vem se observando uma redução significativa do número de casos de tétano a cada ano, tanto do acidental (Tabela 1) quanto do neonatal (Tabela 2), o que é um reflexo direto do aumento da cobertura vacinal, principalmente a infantil.
O tétano acidental ocorre em pessoas não foram vacinadas ou que receberam esquemas incompletos. Embora o risco de desenvolvimento de tétano seja maior em pessoas com ferimentos mal cuidados ou com corpos estranhos (terra, café, fragmentos metálicos e de madeira), a doença pode ocorrer até mesmo sem lesão aparente (10% a 20% dos casos). Isto torna a vacinação essencial, independentemente da ocorrência de ferimentos.
O tétano acidental ocorre em pessoas não foram vacinadas ou que receberam esquemas incompletos. Embora o risco de desenvolvimento de tétano seja maior em pessoas com ferimentos mal cuidados ou com corpos estranhos (terra, café, fragmentos metálicos e de madeira), a doença pode ocorrer até mesmo sem lesão aparente (10% a 20% dos casos). Isto torna a vacinação essencial, independentemente da ocorrência de ferimentos.
Tabela 1
BRASIL: TÉTANO ACIDENTAL
Número de casos e regiões: 1996 - 2005
Região | 1996 | 1997 | 1998 | 1999 | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005* | Total |
Norte | 129 | 112 | 101 | 111 | 94 | 75 | 86 | 82 | 52 | 40 | 882 |
Nordeste | 421 | 369 | 261 | 234 | 260 | 239 | 235 | 197 | 179 | 157 | 2.552 |
Sudeste | 224 | 166 | 166 | 131 | 124 | 125 | 150 | 92 | 108 | 96 | 1.382 |
Sul | 179 | 188 | 99 | 142 | 108 | 114 | 131 | 96 | 94 | 65 | 1.216 |
Centro-oeste | 72 | 61 | 52 | 65 | 42 | 31 | 35 | 34 | 46 | 33 | 471 |
Total | 1.025 | 896 | 679 | 683 | 628 | 584 | 637 | 501 | 479 | 391 | 6.503 |
* dados sujeitos à revisão.
Fonte: Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde, 2006.
Fonte: Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde, 2006.
O tétano neonatal ocorre em recém-natos, filhos de gestantes não adequadamente vacinadas. O risco é maior quando o parto é feito em domicílios, na área rural e por curiosos. Nestas circunstâncias, como parece, o risco de tétano materno também é elevado. A OMS (2002) estima que ocorram, no mundo, 180 mil óbitos por tétano neonatal e 30 mil por tétano materno.
Tabela 2
BRASIL: TÉTANO NEONATAL
Número de casos e regiões: 1996 - 2005
Região | 1996 | 1997 | 1998 | 1999 | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 | 2005* | Total |
Norte | 14 | 15 | 16 | 16 | 9 | 12 | 9 | 6 | 5 | 5 | 107 |
Nordeste | 54 | 54 | 40 | 27 | 18 | 14 | 18 | 7 | 6 | 5 | 243 |
Sudeste | 15 | 13 | 11 | 10 | 7 | 4 | 3 | 0 | 2 | 0 | 65 |
Sul | 4 | 7 | 3 | 7 | 4 | 2 | 1 | 2 | 0 | 0 | 30 |
Centro-Oeste | 6 | 12 | 4 | 6 | 3 | 2 | 2 | 0 | 1 | 0 | 36 |
Total | 93 | 101 | 74 | 66 | 41 | 34 | 33 | 15 | 14 | 10 | 481 |
* dados sujeitos à revisão.
Fonte: Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde, 2006.
Fonte: Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde, 2006.
Medidas de proteção individual
O tétano é uma doença imunoprevenível. Como não é possível eliminar os esporos do Clostridium tetani do ambiente, para evitar a doença é essencial que todas as pessoas estejam adequadamente vacinadas. Grande parte da população adulta nunca recebeu, ou desconhece que tenha recebido a vacina contra o tétano e necessita, portanto, do esquema vacinal completo. Na abordagem dos ferimentos de maior risco, caso o indivíduo não esteja adequadamente imunizado, haverá necessidade de aplicação de soro, ou imunoglobulina específica para prevenção da doença.
A vacina contra o tétano (toxóide tetânico) foi desenvolvida em 1924 e amplamente utilizada durante a II Guerra Mundial. A vacina está disponível nos Centros Municipais de Saúde para pessoas de qualquer idade. O esquema básico de vacinação na infância é feito com três doses da vacina tetravalente (DTP + Hib), que confere imunidade contra difteria, tétano, coqueluche e infecções graves pelo Haemophilus influenzae tipo b (inclusive meningite), aos dois, quatro e seis meses, seguindo-se de um reforço com a DTP aos 15 meses e outro entre quatro e seis anos de idade. Em adolescentes e adultos não vacinados, o esquema vacinal completo é feito com três doses da dT (vacina dupla), que confere proteção contra a difteria e o tétano. O esquema padrão de vacinação (indicado para os maiores de sete anos) preconiza um intervalo de um a dois meses entre a primeira e a segunda dose e de seis a doze meses entre a segunda e a terceira dose, no intuito de assegurar títulos elevados de anticorpos protetores por tempo mais prolongado. Admite-se, entretanto, que a vacinação possa ser feita com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Para os que iniciaram o esquema e interromperam em qualquer época, basta completar até a terceira dose, independente do tempo decorrido desde a última aplicação. Para assegurar proteção permanente, além da série básica, é necessária a aplicação de uma dose de reforço a cada dez anos, uma vez que os níveis de anticorpos contra o tétano (e contra a difteria) vão se reduzindo com o passar do tempo.
A vacina contra o tétano (toxóide tetânico) foi desenvolvida em 1924 e amplamente utilizada durante a II Guerra Mundial. A vacina está disponível nos Centros Municipais de Saúde para pessoas de qualquer idade. O esquema básico de vacinação na infância é feito com três doses da vacina tetravalente (DTP + Hib), que confere imunidade contra difteria, tétano, coqueluche e infecções graves pelo Haemophilus influenzae tipo b (inclusive meningite), aos dois, quatro e seis meses, seguindo-se de um reforço com a DTP aos 15 meses e outro entre quatro e seis anos de idade. Em adolescentes e adultos não vacinados, o esquema vacinal completo é feito com três doses da dT (vacina dupla), que confere proteção contra a difteria e o tétano. O esquema padrão de vacinação (indicado para os maiores de sete anos) preconiza um intervalo de um a dois meses entre a primeira e a segunda dose e de seis a doze meses entre a segunda e a terceira dose, no intuito de assegurar títulos elevados de anticorpos protetores por tempo mais prolongado. Admite-se, entretanto, que a vacinação possa ser feita com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Para os que iniciaram o esquema e interromperam em qualquer época, basta completar até a terceira dose, independente do tempo decorrido desde a última aplicação. Para assegurar proteção permanente, além da série básica, é necessária a aplicação de uma dose de reforço a cada dez anos, uma vez que os níveis de anticorpos contra o tétano (e contra a difteria) vão se reduzindo com o passar do tempo.
A dT pode ser administrada com segurança em gestantes e constitui a principal medida de prevenção do tétano neonatal, não se eximindo a importância do parto em condições higiêncas e do tratamento adequado do coto umbilical. Para garantir proteção adequada para a criança contra o risco de tétano neonatal, a gestante que tem o esquema vacinal completo com a última dose feita há mais de cinco anos deve receber um reforço no sétimo mês da gravidez.
Independentemente do esquema vacinal estar completo ou não, a limpeza do ferimento com água e sabão, e a retirada corpos estranhos (terra, fragmentos metálicos e de madeira) é essencial, até para evitar infecção secundária com outras bactérias. Se o indivíduo não estiver com o esquema completo, dependendo do tipo de ferimento, pode ser necessário que, além da vacina, receba também imunização passiva, feita com a imunoglobulina antitetânica (de origem humana). O soro antitetânico (produzido em cavalos) deve ser empregado apenas quando não a imunoglobulina não estiver disponível, uma vez que a presença de proteínas de origem animal em sua composição torna mais provável a ocorrência de reações alérgicas. A imunização passiva tem a finalidade de fornecer proteção temporária (17 a 24 dias), enquanto a vacina começa induzir a produção de anticorpos protetores pelo organismo. É muito importante, portanto, completar nos Centros Municipais de Saúde a vacinação antitetânica iniciada nos Hospitais de Emergência, até a terceira dose (com intervalo mínimo de um mês).
O Cives recomenda que os viajantes verifiquem a necessidade de atualizar a vacinação antitetânica. Em caso de acidentes e ferimentos durante a viagem, mesmo as pessoas adequadamente vacinados, devem procurar assistência médica para receber os cuidados necessários, incluindo eventualmente reforço da vacina, e por vezes, orientação para uso de antibióticos a fim de evitar outras infecções bacterianas secundárias. Nos casos de acidentes com animais, deverá ser também avaliada a necessidade de medidas profiláticas contra a raiva.
Manifestações
O período de incubação médio do tétano acidental é de 10 dias (podendo variar de 2 a 21 dias) e o do tétano neonatal ("mal dos sete dias") é de cerca de 7 dias (geralmente entre 4 e 14 dias). Quanto menor o período de incubação, maior a gravidade da doença. As primeiras manifestações são dificuldade de abrir a boca (trismo) e de engolir. Na maioria dos casos, ocorre progressão para contraturas musculares generalizadas, que podem colocar em risco a vida do indivíduo quando comprometem os musculos respiratórios.
Tratamento
O tratamento do tétano, necessariamente, é feito com o doente internado em hospital para administração de imunoglobulina ou, quando não disponivel, soro antitetânico, além de antibiótico venoso e limpeza cirúrgica do ferimento. Como a doença não produz imunidade, o doente deve também receber o esquema vacinal completo contra o tétano. Em geral são utilizados miorrelaxantes potentes, incluindo, eventualmente, o curare, aplicados por via venosa. Pode ser necessário o emprego de próteses respiratórias (“respiradores”). Os doentes devem ser mantidos sob vigilância constante, de preferência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O tratamento do tétano, necessariamente, é feito com o doente internado em hospital para administração de imunoglobulina ou, quando não disponivel, soro antitetânico, além de antibiótico venoso e limpeza cirúrgica do ferimento. Como a doença não produz imunidade, o doente deve também receber o esquema vacinal completo contra o tétano. Em geral são utilizados miorrelaxantes potentes, incluindo, eventualmente, o curare, aplicados por via venosa. Pode ser necessário o emprego de próteses respiratórias (“respiradores”). Os doentes devem ser mantidos sob vigilância constante, de preferência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O período internação de uma pessoa com tétano é prolongado, e geralmente fica entre três e quinze semanas. Os custos do tratamento são extremamente elevados e equivalentes a algumas dezenas de milhares de doses da vacina. A letalidade média do tétano, que depende de fatores como acesso á assistência médica e disponibilidade de recursos terapêuticos, é de cerca de 30% e pode atingir a 80% em neonatos e em pessoas com mais de 60 anos.
Assinar:
Postagens (Atom)